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Odontopediatria: a arte de tratar os pequenos pacientes

Da gravidez à adolescência, a Odontopediatria e tudo o que envolve essa primeira relação mostram-se aspectos importantes e fundamentais, pois se trata do momento onde os cuidados e os hábitos tendem a se perpetuar durante toda a vida do paciente.

A especialidade desempenha um papel crucial na promoção de hábitos de higiene bucal, e isso significa, de alguma forma, conseguir incentivar os responsáveis a levarem as crianças e adolescentes ao cirurgião-dentista desde o aparecimento dos primeiros dentes de leite.

Essa primeira atenção se concentra em avaliar toda o espectro da saúde bucal da criança e fornecer orientações sobre a escovação adequada, o uso correto do fio dental e a importância de uma alimentação saudável, que muitas vezes é difícil ser mantida na infância.

Relação que transcende o consultório

Também é quando o cirurgião-dentista lida diretamente com outras pessoas do núcleo familiar de quem é atendido, como os pais, avós ou outros parentes, portanto essa troca de informações e de confiança é construída com o tempo – e é claro, bons atendimentos e resultados!

Sabemos que o ato de fidelizar os pacientes, mantendo-os como parceiros por longos períodos é o sonho de muitos cirurgiões-dentistas. Porém, é essa relação mútua que mantém o funcionamento de muitas instituições, organizações de saúde e consultórios odontológicos.

Mas como tornar essa tarefa fácil quando falamos de atrair e reter pacientes tão jovens e muitas vezes “isentos” das tomadas de decisão sobre a sua própria vida? Elencamos algumas estratégias e práticas que podem ser combinadas junto à rotina dos atendimentos desse público tão especial:

Oferecer kits e ‘mimos’ para pacientes grávidas: todo mundo gosta de receber presente, ainda mais se forem voltados ao bem-estar de quem amamos. Neste momento, o cirurgião-dentista pode já pensar em um kit bem lúdico, colorido e divertido, que traz produtos de higiene bucal (creme dental, escovas, enxaguantes etc) para quem ainda está por vir!

Distribuir um guia de saúde bucal personalizado para a criança: ao desenvolver um material de comunicação sobre saúde bucal, tanto para a criança quanto para a família, cria-se uma identificação com o profissional da área da saúde. Melhor ainda se esse guia for personalizado, ou seja, com fotos do profissional e uma narrativa mais direta que passe uma ideia de humanização, e aborde dicas, orientações e recomendações para o pequeno paciente.

Criar pacotes para acompanhamento da saúde bucal na primeira infância: é possível oferecer condições especiais e planos de pagamento para quem arca com os custos dos tratamentos e consultas para os pequenos. Enquanto crianças, muitos são os gastos que os responsáveis despendem, então, qualquer “vantagem” pode ser de grande valia e conquistar ainda mais esse público.

A forma do atendimento ainda é o grande diferencial: a Odontopediatria se destaca por sua abordagem amigável e acolhedora. Sendo assim, é importante investir em consultórios que costumam ser projetados para criar um ambiente acolhedor e amigável, que ajuda a reduzir a ansiedade e o medo associados às visitas ao cirurgião-dentista.

Em geral, nós, seres humanos, não somos adeptos às mudanças extremas quando tudo vai bem, principalmente em relação aos acompanhamentos com a nossa saúde – a zona de conforto fala mais alto.

A continuidade do cuidado permite estabelecer um relacionamento longínquo e de conhecimento mais aprofundado sobre a história médica de cada paciente, como necessidades e suas preferências. Assim é possível oferecer um tratamento mais personalizado e eficaz, além de melhorar a coordenação entre diferentes profissionais e especialidades, principalmente quando falamos do período gestacional e primeira infância.

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