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Como lucrar com mais cadeiras em sua clínica?

Além de vencer os desafios do momento, o seu negócio em odontologia pode crescer. Quem tem essa visão de expansão já antevê que poderá lucrar mais com o crescimento, adquirindo mais cadeiras odontológicas.

De olho no aumento do lucro, o principal ponto é o planejamento. Por isso também é aconselhável entender bem a diferença entra gasto e investimento.

Gasto são todas as saídas de dinheiro do consultório, e de valores que não retornam para você. Por outro lado, o investimento são “os gastos” realizados no consultório com o objetivo de trazer mais receita ou melhorar a imagem da empresa.

Mas será que posso crescer?

Essa é uma pergunta frequentem. Alguns profissionais podem se perguntar “será que já atingi minha capacidade máxima?”. A resposta está inclui outras perguntas, como: “será que devo ou posso construir novos consultórios? Adquirir mais cadeiras? Contratar mais colegas?”

Ao decidir crescer, geralmente surgem as dúvidas de como fazer o investimento de forma correta. Por isso preparamos uma sugestão para você trabalhar o seu planejamento em três etapas:

Primeira Etapa

Você deve ter clareza dos seus números, é necessário organizar o seu fluxo de caixa. Há softwares que podem ajudar nesse sentido, se você preferir algo mais automatizado. Caso contrário, planilhas simples ou controles até mesmo em papel podem ajudar. 

Como primeiro passo, é importante realizar uma média das receitas e gastos dos últimos seis meses. Assim, você terá o resultado de quanto sobra no final do mês. Por outro lado, você precisa fazer um orçamento de quanto ficará para realizar esses investimentos, se pergunte: quanto que eu vou gastar em obra, quanto que eu vou gastar com o software de gestão, em novas cadeiras para outros colegas? 

Um dos principais erros que acontecem no projeto de expansão é não ter contabilizado todos esses gastos.

Segunda Etapa

Um aspecto importante que você precisa ter em mente é que a partir do momento que realizar este acordo é de que com os investimentos virão alguns gastos adicionais. Como aumento da energia, maior consumo de água e aumento nos materiais utilizados, entre outros.

É necessário que se faça essa previsão. Essas despesas irão impactar diretamente no financeiro, principalmente se você resolver convidar algum colega para trabalhar em seu consultório.

Vamos considerar que você está iniciando ou a demanda ainda é pequena. Você não pode assumir compromissos e não tem condições de garantir uma demanda fixa para o seu colega.

Então você pode iniciar com um acordo pelo valor fixo para o procedimento e não um percentual do procedimento. Ao longo das atividades na clínica, podem existir reajustes de valores com o laboratório ou com o fornecedor de algum equipamento, e então você precisará fazer um reajuste no preço.  

Vamos dar um exemplo de uma coroa. Talvez você já encontrou um laboratório que oferece um serviço muito melhor para o seu paciente, que vai facilitar a vida do colega que está ali realizando aquele determinado procedimento. Porém, o custo desse serviço laboratorial é um pouco mais alto, sendo assim, você vai ter que fazer um reajuste de seu preço.

Só o fato de você fazer o reajuste, mantendo o trabalho do dentista, automaticamente por ser um acordo em percentual você vai aumentar o custo que será pago por ele. Sendo que ele vai realizar o mesmo procedimento, e aí, a sua margem de lucro pode reduzir. Então quando eu elevo o meu custo, todos os custos que vão vir pelo percentual também irão aumentar. 

Por outro lado, quando eu defino um valor fixo que seja viável e compatível para ambos os lados, por mais que exista um reajuste de preço, você manterá os custos. Sendo assim, eu consigo até ampliar a minha margem de lucro, sem elevar o valor do meu procedimento. A partir do momento que eu estou iniciando, que eu tenho uma demanda menor, eu posso trabalhar com um valor fixo.

Você ainda pode fazer um acordo por turnos. Você pode propor ao seu colega um valor fixo mensal, em que irá pagar um valor menor no global, por esses turnos. Isso pode ser vantajoso para o colega que por mais que está recebendo um pouco menos, ele está tendo uma maior segurança e previsibilidade do que ganhar. 

Na cabeça dele: “poxa, eu estou ganhando um pouco menos do que trabalhar pelo valor fixo, porém, eu já tenho uma garantia do que vou receber ali na frente”. Esse tipo de modalidade é indicado para quando você já tem uma demanda estável, que já consegue fazer uma previsibilidade e consegue manter um compromisso mensal.

Em resumo, na primeira modalidade, você vai trabalhar em cima da demanda, não tem nenhum compromisso em relação a isso. Já no segundo, o colega pode até optar por trabalhar por turnos, porém ele vai necessitar de uma garantia em relação a esses turnos. 

A partir do momento que eu já entendi quais são os meus números, já defini dentro da minha realidade, qual vai ser o tipo de acordo que vai manter ali uma lucratividade. Você começa a colocar na ponta do lápis como vai ser o seu planejamento saudável, financeiramente falando.  

Terceira Etapa

Vamos a um exemplo prático: comece com os registros dos últimos seis meses e tire uma média. Por exemplo: hoje em média são R$ 100.000 de receita, então em média todo mês entrou na minha conta por volta de R$ 100.000.  

Certo, em seguida, você deve pegar a média de gastos que você tem no seu consultório nos últimos seis meses. Você vai anotar os gastos atuais e qual vai ser o acréscimo de energia de funcionários – caso você tenha que contratar – de materiais custo com outros dentistas, e qual vai ser essa projeção para os próximos seis meses. 

O que você precisa analisar, para ter um controle maior sobre os seus riscos: quanto mais você utilizar a receita mais próxima da realidade atual, menor o seu risco. Por quê? Esse cenário pessimista de que mesmo com a expansão do consultório, vai manter a mesma receita. Qualquer aumento de receita que você venha a ter, vai ser algo a mais positivo, um extra.

Fonte: Conteúdo adaptado autorizado de https://blog.dentalcremer.com.br | Leandro Silva, dentista e administrador > acesse na íntegra

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